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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Uma Ação de Jovens de Atitude


Em toda caminhada, há vários  momentos em que a estrada bifurca, dando  espaço para dúvidas. Nessa ocasião se não estou firme em Deus, fraco na oração e cansado de andar, pegarei o caminho mais fácil. É com escolhas desse tipo,  por influência de "amigos" ou medo de seus comentários, que muitos estão ficando cegos e caindo na lama. 
Tem sido cada vez mais comum vermos jovens  se desviarem dos caminhos de Deus, levados pelas ofertas mundanas: A sexualidade banal, o ficar, as bebidas, drogas, as "músicas", ostentações,   tudo que aparenta ser "gostoso" e dar prazer imediato, falsa felicidade.  Em meio a todas essas ofertas, graças a Deus, com inspiração do Espirito Santo e intercessão da Virgem Maria, esse quadro começa a mudar pouco a pouco na comunidade católica de Miguel Calmon. Nesse domingo ( 22), adolescentes da perseverança, o grupo Quero um Amor maior e crismandos, dedicaram seu dia a evangelização. 
 Saíram em Missão Jovem pelos bairros do Arros e Populares de nossa cidade. Passaram a manhã visitando as casas dos jovens desses bairros e pela tarde houve uma reflexão e avaliação, no encerramento, uma celebração nas capelas. 
O Amor ao Pai ,  a palavra e a vontade do Nosso Senhor Jesus, fizeram pessoas deixarem seus familiares e, amigos para se tornarem Juventude Missionária.
Isso é o que podemos chamar de Atitude Jovem, deixar a diversão do mundo, o almoço com a família, o club e cachoeira com amigos para servir a Deus. Eles ficaram com a melhor parte. 



terça-feira, 4 de junho de 2013

Mandamentos da Igreja Católica





Muitas pessoas acham que para ser católico basta ir a missa as vezes ou em  dias de festas. Mas ser católico está além disso, muito além.
Ser católico é seguir e ensinar os ensinamentos de Jesus Cristo. Fazer-se manso e humilde como Jesus é. Exercer e ensinar os mandamentos de Deus na vida, saber qual é e cumprir as doutrinas da Santa Madre Igreja Católica.
Ser católico em primeiro lugar é ser Cristão pois Cristo é universal. É ser Santo como Jesus quer.
“Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder” 1 Pd 1,15
“Sede santos para mim porque eu, o Senhor, sou santo.” Lv 20, 26
Esse post é o primeiro de vários que pretendemos, para esclarecer o que é ser católico. Para começarmos, uma pergunta:
 Você sabe quais são e exerce os mandamentos da igreja católica? Na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento XVI, quando suprimiu o termo "dízimos" do quinto mandamento.
São eles:
1.    - Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda.         
"Os cristãos santificam o domingo e outras festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também daquelas atividades que impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o necessário descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde". (Itens 289 e 453)
Dias santos de guarda: Santa Maria, Mãe de Deus - 1 de janeiro Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) - data variável entre maio e junho: 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
Imaculada Conceição de Maria - 8 de dezembro
Natal - 25 de dezembro
2.    - Confessar os próprios pecados, recebendo o sacramento da Reconciliação pelo menos uma vez ao ano
"O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite da Páscoa, apareceu aos seus Apóstolos e lhes disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos' (Jo 20, 22-23)". "O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores".  "Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão" (Itens 298, 299 e 304)
3.    -   Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa
"A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício". "A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa". (Itens 287 e 290)
4.    -   Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
"A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencial da sexta-feira". (Item 301)
Dias de jejum: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa.
Dias de abstinência de carne: sextas-feiras da Quaresma.

5.    -   Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades






segunda-feira, 18 de março de 2013

Brasão Papa Francísco

Fonte:Rádio Vaticano:http://www.facebook.com/radiovaticanobrasil/photos_stream 


Explicação do Brasão Miserando Atque Eligendo

O Escudo

Nos traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.

O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiande e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.

Abaixo encontram-se a estrela e a flor de nardo (cacho de uva). A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo (cacho de uva) indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José

sexta-feira, 15 de março de 2013

Sobre a renuncia de Bento XVI



                       fonte de imagem:  http://oglobo.globo.com/mundo/vaticano-admite-que-bento-xvi-usa-marcapasso-7558107


Com a renuncia do nosso querido Bento XVI, surgiram diversas especulações a cerca do que aconteceria com a Igreja Católica. De fato, aqueles que não vivem a fé, a mídia secular e infelizmente, alguns irmãos de outras religiões contribuíram para isso. Porém seus comentários sem fundamentos tornaram a fé daqueles que crêem mais forte.
Muitos diziam que Josef Harding renunciou pela pressão de grupos formados dentro do Vaticano, onde a política partidária também impera. Alguns profetizaram, assim como aconteceu no penúltimo Conclave, o fim da Igreja Católica. Infelizes comentários. Outros acham uma besteira e perda de tempo a eleição do Papa ou ainda que há muitos erros e pecados no Vaticano.
Roma mais uma vez provou que todos vivem em união. Ao entrar na capela Sistina todos os cardeais fazem um juramento onde se comprometem a fazer a vontade do Pai, manter o sigilo,   não ser partidário. O Papa foi eleito em 24 horas, sinônimo de que todos estavam de acordo com todos.
Palavras de Bento XVI: “Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando”. Só um homem de coração humilde se coloca diante de Deus dessa forma.
Para os descrentes, uma pequena história:
“Uma certa vez, havia dois vizinhos. Para separar seus terrenos existia ali um muro. Um deles costumava lavar seu carro a frente da casa escutando música alta com letras doentes, enquanto o outro mal se ouvia a voz. Um dia, como de costume, o vizinho estava lavando seu carro quando escutou alguns gritos vindos do outro lado do muro: solte-me,  deixe-me em paz, saia de trás de mim!!! O vizinho achou estranho, hora seu próximo era quieto e não tinha costume de fazer barulhos, porém continuou a lavar seu belo possante. Como aqueles gritos não cessavam, decidiu subir no muro para ver o eu estava acontecendo. Surpreso com o que viu, quase caiu de susto, pois vira o encardido correndo atrás do seu vizinho. Sem entender o acontecido, exclamou: oh rapaz, deixe  cara em paz, ele é gente boa, venha mim pegar, eu sou do mundão... Ao escutar suas palavras, o capiroto falou: eu sou egoísta gosto de muito e tenho inveja do que não tenho, você já não mim interessa, pois já está na minha instante, você já e meu. Quero ele, que pertence a Deus...”
Infelizmente há pessoas fracas que se deixam levar pela voz do inimigo perante a voz da Igreja que Jesus fundou. O diabo quer dividir a Igreja de Jesus e se utiliza da fraqueza humana. O significado de seu nome já diz pra que ele veio: grego “διαβολος diabolos” e significa “Enganador”. Nós Cristão temos que permanecermos firmes na oração para não caímos na enganação.
No dia 13 de março de 2013 Deus soprou seu Espirito sobre a Capela Sistina no Vaticano e novo sucessor de Pedro foi escolhido, Papa Francisco, o primeiro Papa da América Latina, Jesuíta. Um Papa Argentino, simples e humilde como Jesus. Louvado seja Deus que olha para a América do sul onde nosso Brasil está!
Agradecemos a Deus pela força que o Papa Bento teve ao longo desses anos para guiar-nos e por sua coragem de assumir seu cansaço físico que já não aguentava as mudanças e rigores da missão. Agradecemos ao Senhor ainda pela escolha do Papa Francisco, Que ele seja um jovem, como uma criança no reino de Deus, e propague a boa nova do Pai.
Habemus Papam!

Jesus institui Pedro o apascentador de sua Igreja: O Primeiro Papa.



Quando se pronuncia a Palavra Papa, muito se pergunta o porque dessa denominação. Quem ele é? O que faz? Porquê está à frente da Igreja?
Para começarmos, vamos partir do signifcicado da palavra Papa.

  1. Abreviação do latim Pater Paternum ( pai dos padres)
  2. Primeira letra das palavras: Pontifex Apostolorum Pietrum Adminitrorum
E é isso que ele é, um pai, um pastor responsável pelas ovelhas do rebanho de Jesus.
Desde o início o Senhor Jesus escolheu um homem para tomar conta de Sua Igreja, Pedro apostolo: "Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Mt16, 15-19. 
Mesmo diante da palavra, infelizmente ainda há pessoas que duvidem ou neguem a sucessão de Pedro por um simples homem. Algumas especulações, acusações e negações que não citarei aqui mas que podem ser vistas através das respostas nas entrelinhas. Como contestar o que o Senhor deixou escrito?
Para uma maior compreensão dos fatos, a explicação: Jesus muda o nome de Simão para Pedro.
"...Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)..."  Jo 1,42. Jesus também diz que Pedro sabes quem Ele é pois o Pai que está no céu o revelou. Então nosso Senhor diz que sobre a pedra-Pedro edificará sua Igreja. Dar poder à Pedro para que esse tenha autoridade: "tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" .
O Senhor transmite poder aos apóstolos:“...É-me dado todo o poder no céu e na terra; ide pois e ensinai a todos os povos e eis que estou convosco todos os dias até a consumação do mundo...”Mt 28, 18-20 
Continuando, Jesus, sabendo do amor de Pedro pede que esse apascente suas ovelhas: "Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas."   Jo 21,17.
O Senhor manda os apóstolos ensinarem a todos os povos, pede que Pedro tome conta de seu rebanho, sua Igreja e diz que estará com os discípulos até o fim do mundo. Pedro assim como Jesus, passou autoridade para seu sucessor, desta forma aos discípulos e seus sucessores ao longo dos tempos até os dias de hoje. Jesus também deixou claro que o mau não prevaleceria sobre sua Igreja. Por mais que o mau tente manchar a esposa do Senhor com as iniquidades do mundo, não conseguirá pois Jesus está com sua Igreja ate os fins do tempos.
Com toda certeza, o sucessor de Pedro tem que ser um homem simples, humilde, manso, humano, fiel, temente ao Senhor Jesus.
Desde então Pedro teve vários sucessores. Não seria diferente agora. Os que acham bobagem infelizmente não vivem a fé Cristã, vivem o que a mídia secular e o mundo ditam. A igreja Católica só se findará com a vontade de Jesus, Seu fundador e o mau não prevalecerá sobre ela.

Você quer se aprofundar no assunto, acesse os artigos de Católicos Online:
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=1300
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=858
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=2034
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=1906
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=1300


quarta-feira, 13 de março de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Via Sacra


 
Há muito tempo, fiéis de todo o mundo visitam os lugares por onde Jesus passou, e nesses lugares fazem orações relembrando e meditando o que nosso Senhor viveu. A via sacra, ou caminho sagrado, (significado da expressão) surgiu no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém. Boa parte desses reportavam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à Paixão.

Realizada na Quaresma e Sexta Feira Santa, a Via Sacra é um ato de piedade em forma de oração e caminhada quando se meditam as 15 estações. A Décima Quinta estação foi acrescentada no século XVI por que Jesus venceu a morte. Até então eram 14.
Dessas, nem todas são baseadas nos evangelhos, como por exemplo, as três quedas de Jesus.
Essas são as estações:
·         Primeira estação- Jesus é  condenado a morte
·         Segunda estação-Jesus carrega a sua cruz
·         Terceira estação- Jesus cai pela primeira vez
·         Quarta estação- Jesus se encontra com sua mãe
·         Quinta estação- Simão ajuda Jesus a carregar a cruz
·         Sexta estação – Verônica enxuga o rosto de Jesus
·         Sétima estação- Jesus cai pela segunda vez
·         Oitava estação- Jesus consola a mulheres de Jerusalém
·         Nona estação- Jesus cai pela terceira vez
·         Décima estação- Jesus é despojados  de suas vestes
·         Décima primeira estação-Jesus é pregado na cruz
·         Décima segunda estação- Jesus more na cruz
·         Décima terceira estação- Jesus é decido da cruz
·         Décima quarta estação-Jesus é sepultado
·         Décima Quinta estação- A ressurreição de Jesus

A via sacra possui várias meditações dentre elas estão:

·         Via Matris - o Caminho da Mãe Dolorosa
·         Via Crucis - Santo Afonso Maria Ligório
·         Via-Sacra pelas Almas do Purgatório
·         VIA SACRA EUCARÍSTICA de São Pedro Julião Eymard
·         Via-Sacra Reparadora

Se você quiser saber mais sobre a Via Sacra, acesse os links:

http://www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/quaresma/03.htm
http://catequesechamadodedeus.blogspot.com.br/2012/03/o-que-e-via-sacra-quando-surgiu-na.html

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Campanha da fraternidade 2013


Texto encontrado em http://www.cf2013.org.br/entenda-a-campanha.html

 A Campanha da Fraternidade de 2013, que retoma o tema Juventude, se propõe olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades; entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações midiáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social; reavivar-lhes o potencial de participação e transformação.

Esta Campanha deseja, no contexto do Ano da Fé, mobilizar a Igreja e, o quanto possível, os segmentos da sociedade, a fim de se solidarizarem com estes jovens, favorecer-lhes espaços, projetos e políticas públicas que possam auxiliá-los a organizarem a própria vida a partir de escolhas fundamentais e de uma construção sólida do projeto pessoal, a se compreenderem como força de transformação para os novos tempos, a desenvolverem seu potencial comunicativo pelas redes sociais em vista da ética e do bem de todos, a assumirem seu papel específico na comunidade eclesial e no exercício do protagonismo que deles se espera, nas comunidades e na luta por uma sociedade que proporcione vida a todos.
Evangelizar, hoje, é uma via de mão dupla. Saem de cena os “públicos” ou “destinatários” da evangelização para dar lugar aos “interlocutores”. Os interlocutores da evangelização são pessoas que, numa relação dialogal, se enriquecem pela troca de experiências. Portanto, “escutando e compreendendo os gritos e clamores dos jovens, a Igreja é chamada não somente a evangelizar, mas também a ser evangelizada na atualidade”. Torna-se imprescindível, cada vez mais, caminhar com os jovens e refazer com eles a experiência de Jesus. Na prática, isso significa que “nas atividades pastorais com a juventude, faz-se necessário oferecer canais de participação e envolvimento nas decisões, que possibilitem uma experiência autêntica de corresponsabilidade, de diálogo, de escuta e o envolvimento no processo de renovação contínua da Igreja. Trata-se de valorizar a participação dos jovens nos conselhos, reuniões de grupo, assembleias, equipes, processo de avaliação e planejamento”.

 Para atingir tal intuito, são estes os objetivos da Campanha da Fraternidade de 2013: 

Objetivo geral

Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

Objetivos específicos

 Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida;

possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada , para que eles possam contribuir com seus dons e talentos;

 sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.

(Introdução do texto-base CF 2013)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Catecismo, A resposta sobre as dúvidas

3ª Parte

Esse texto faz  parte de um artigo encontrado em 
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=476 
Dom Estêvão Bettencourt


Pecado Mortal e Pecado Venial
O texto distingue pecado mortal e pecado venial apenas, e não pecado leve, grave e mortal, como se tem lido em alguns Manuais de Teologia Moral:
"Convém classificar os pecados segundo a sua gravidade. Já perceptível na Escritura (1Jo 5,16s), a distinção entre pecado mortal e pecado venial se impôs na tradição da Igreja. A experiência dos homens a corrobora" (§ 1854).
"Para que um pecado seja mortal, requerem-se três condições simultâneas: 'É pecado mortal todo pecado que tenha por objeto uma matéria grave, e que seja cometido com plena consciência e com propósito deliberado' (Exortação Apostólica Reconciliação e Penitência n° 17)" 1857).
"Comete-se um pecado venial quando não se observa em matéria leve a medida prescrita pela lei moral, ou quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento de causa ou sem inteiro consentimento" (§ 1862).
Passamos agora a questões que a imprensa abordou em tom pouco respeitoso.
Pena de Morte. Guerra Defensiva
A Igreja não tem posição definida diante da questão da pena de morte. Reconhece que pode ser legítima em casos de defesa da sociedade para os quais não se veja outra solução. Julga, porém, que se devem preferir alternativas mais brandas, desde que se lhes possa prever a eficácia de salvaguardar o bem comum:
"Preservar o bem comum da sociedade exige que o agressor seja impossibilitado de a prejudicar. A este título, o ensinamento tradicional da Igreja reconheceu a validade do direito e do dever, da autoridade pública legítima, de punir com penas proporcionais à gravidade do delito, sem excluir, em casos de extrema gravidade, a pena de morte. Por razões análogas os detentores da autoridade têm o direito de rechaçar pelas armas os agressores da nação que lhes é confiada" (§ 2266).
"Se bastam os recursos não sangrentos para defender a vida humana contra o agressor e proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, as autoridades deverão ater-se a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais conformes à dignidade da pessoa humana" (§ 2267).
Alias, não se pode esquecer que a pena de morte era vigente no Antigo Testamento, segundo a Lei de Moisés; cf. Lv 20,8-21.
 A Prostituição
A prostituição é condenada como pecado grave. O Catecismo, porém, julga que nem todas as pessoas que se prostituem são igualmente culpadas; pode haver aqueles e aquelas que são, de algum modo, induzidos a isto, com responsabilidade atenuada, porque não devidamente livres ou esclarecidos. Só Deus vê as consciências. Ao observarmos o fato bruto e objetivo da prostituição, devemos condená-lo peremptoriamente; todavia mal sabemos o que possa haver de constrangimento, confusão, ignorância ou tara no íntimo das pessoas que se entregam ou que são entregues à prostituição:
"A prostituição fere a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida ao prazer venéreo que dela se tira. Aquele que paga, peca gravemente contra si mesmo; viola a castidade à qual o obriga o seu Batismo e polui seu corpo, templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,15-20). A prostituição vem a ser um flagelo social. Afeta habitualmente mulheres, mas também homens, crianças ou adolescentes (nestes dois últimos casos, o pecado é agravado pelo escândalo). É sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição, mas a miséria, a chantagem e a pressão social podem atenuar a imputabilidade da falta" (§ 2355).
 Homossexualismo
É outra aberração moral, porque contrária à lei natural. Todavia é preciso evitar desprezo das pessoas homossexuais; mediante a ajuda sincera e desinteressada de pessoas amigas, podem gradativamente encaminhar-se para a perfeição cristã, desde que vivam castamente:
"O homossexualismo designa relações entre homens ou mulheres que experimentam atração sexual, exclusiva ou predominante, para com pessoas do mesmo sexo. Assume modalidades muito variadas através dos séculos e das culturas.
A sua origem psíquica está, em grande parte, inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que as apresenta como depravações graves (cf. Gn 19,1-29; Rm 1, 24-27; 1Cor 6,10; 1Tm 1,10), a Tradição sempre declarou que 'os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados'. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Não podem ser aprovados em caso algum" (§ 2357).
"Não poucos homens e mulheres apresentam tendências homossexuais básicas... Não escolhem sua condição homossexual; esta vem a ser, para a maioria deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evite-se para com eles todo sinal de discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se são cristãs, chamadas a unir ao sacrifício da Cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar pelo fato de serem tais" (§ 2358).
"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do auto-domínio, que educam a liberdade interior, algumas vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradativa e resolutamente, da perfeição cristã" (§ 2359).
Notemos que o texto do § 2358 exclui a discriminação injusta dos homossexuais. Isto quer dizer que pode haver discriminação justa: com efeito, esta ocorre sempre que o bem comum corra perigo, ou sempre que a anormalidade possa ser confundida com a normalidade ou, ainda, sempre que haja perigo de desvio para pessoas não homossexuais.
Adivinhação, Horóscopo, Quiromancia...
A imprensa em 1992 comentou amplamente tais itens, deturpando os dizeres do Catecismo, que são os seguintes:
"Deus pode revelar o futuro aos seus profetas ou a outros Santos. Todavia a atitude cristã correta consiste em entregar-se confiantemente nas mãos da Providência no que diz respeito ao futuro e em abandonar toda curiosidade mórbida a tal propósito. A imprevidência, porém, pode tornar-se uma falta de responsabilidade" (§ 2115).
"Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas erroneamente tidas como aptas para desvendar o futuro (cf. Dt 18,10; Jr 29,8). A consulta de horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos médiuns incluem a vontade de dominar o tempo, a história e também os homens, assim como o desejo de conciliar potências ocultas. Estão em contradição com a honra e o respeito, mesclado de temor amoroso, que devemos a Deus somente" (§ 2116).
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São estes alguns espécimes do conteúdo do Catecismo da Igreja Católica. Vemos que se trata de ensinamentos coerentes com a S. Escritura e a Tradição, formulados de modo claro, visando, quando necessário, a atender a problemas e questionamentos do mundo atual.
Tal obra é tida, com base sólida, como a mais notável e significativa de todo o benemérito pontificado do Papa João Paulo II.

Catecismo, A resposta sobre as dúvidas

2ª Parte


Esse texto faz  parte de um artigo encontrado em 
http://www.pr.gonet.biz/kb_read.php?pref=htm&num=476 

Dom Estêvão Bettencourt


Os Anjos

A realidade dos anjos é professada com toda a Tradição cristã, assim como a queda de parte dos mesmos, que se tornaram adversários do plano salvífico de Deus e sedutores do homem para o pecado. Eis o texto respectivo:
"A existência dos seres espirituais, não corpóreos, que a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão nítido quanto a unanimidade da Tradição" (§ 328).
"Como criaturas puramente espirituais, têm inteligência e vontade; são criaturas pessoais e imortais. Ultrapassam em perfeição todas as criaturas visíveis. O brilho da sua glória dá testemunho disto (cf. Dn 10,9-12)" (§ 330).
"A Escritura fala de um pecado desses anjos. Essa queda consiste na livre escolha desses espíritos criados, que, de maneiraradical e irrevogável, recusaram Deus e seu reino. Encontramos um reflexo dessa rebelião nas palavras do tentador aos nossos primeiros pais: 'Vós vos tomareis como Deus' (cf. Gn 3,5). O diabo é 'pecador desde a origem' (1Jo 3,8), 'pai da mentira' (Jo 8, 44)" (§ 392).
"É o caráter irrevogável da escolha dos anjos, e não uma deficiência da infinita misericórdia de Deus, que faz que o seu pecado não possa ser perdoado. 'Eles não sentem arrependimento após a queda, como não há arrependimento para os homens após a morte' (São João Damasceno, Fé Ortodoxa 2,4)" (§ 393).
O Purgatório Póstumo

O purgatório póstumo é entendido como um estado onde, após a morte, as almas dos fiéis que ainda tragam resquícios do pecado, repudiam plenamente essas sombras que lhes impedem a visão de Deus face-a-face. Percebendo claramente a hediondez do pecado, ainda que leve, o cristão, na outra vida, se liberta de qualquer afeto desregrado com que tenha morrido. Para que isto ocorra, os fiéis neste mundo podem oferecer a Deus suas preces em favor das almas do purgatório:
"Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação póstuma, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu" (§ 1030).
"A Igreja chama purgatório essa purificação final dos eleitos, purificação que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença e de Trento" (§ 1031).
"Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defuntos de que já fala a Escritura Sagrada: 'Eis por que Judas Macabeu mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado' (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos" (§ 1032).
A respeito do Purgatório e dos sufrágios ver ulteriores considerações no recém-publicado Curso de Novíssimos (Escatologia) pela Escola "Mater Ecclesiae", Caixa postal 1362, 20001-970 Rio (RJ).

Ressurreição da carne

Eis outro ponto que suscita dúvidas hoje, pois quem não distingue entre corpo e alma afirma que a ressurreição ocorre logo depois da morte do indivíduo. Tal não é a doutrina da Igreja, que, professando a distinção de corpo e alma, atribui a ressurreição ao fim dos tempos, com base na Escritura e na Tradição:
"O Credo cristão... culmina na proclamação da ressurreição dos mortos no fim dos tempos e na vida eterna" (§ 988).
"Que é 'ressuscitar'? Em conseqüência da morte, separação da alma e do corpo, o corpo humano sofre a deterioração, ao passo que a sua alma vai ao encontro de Deus, permanecendo na expectativa de ser reunida ao seu corpo glorificado. Deus, em sua onipotência, restituirá definitivamente a vida imortal aos nossos corpos, unindo-os às nossas almas, em virtude da Ressurreição de Jesus" (§997).
"Quando? Definitivamente 'no último dia' (cf. Jo 6,39s. 44. 54; 11,24), no fim do mundo (Constituição Lúmen Gentium no 48). Com efeito, a ressurreição dos mortos está intimamente associada à segunda vinda de Cristo" (§ 1001).

Catecismo, a resposta as dúvidas




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Dom Estêvão Bettencourt

Examinaremos dez assuntos de interesse candente.
 O Ser Humano
De acordo com toda a Tradição, o Catecismo ensina que o homem consta de corpo (material) e alma (espiritual); são realidades distintas uma da outra, que se unem entre si para formar o ser uno que é o homem.
"A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser corporal e espiritual" (§ 362).
"Não raro o termo alma designa na Sagrada Escritura a vida humana ou toda a pessoa humana. Mas designa também o que há de mais íntimo no homem e de mais valioso, designa aquilo por que o homem é mais particularmente imagem de Deus: 'alma' significa o princípio espiritual no homem" (§ 363).
"A Igreja ensina que cada alma espiritual é imediatamente criada por Deus - não é 'produzida' pelos pais -; Ela ensina também que a alma é imortal; não perece quando se separa do corpo na morte, e se unirá de novo ao corpo por ocasião da ressurreição final" (§ 366).
A distinção de corpo e alma aqui professada nada tem que ver com dualismo. Este implica antagonismo ontológico entre dois elementos (um seria por si bom, o outro por si mau); isto não é cristão. Para escapar do dualismo, não há necessidade de recorrer ao monismo; entre dualismo e monismo existe a dualidade, que é a distinção de dois elementos entre si, sem implicar antagonismo; tal é o caso de corpo e alma.
 O Pecado Original
O texto afirma a elevação dos primeiros pais à justiça original ou a um estado de riqueza espiritual, que devia ser confirmado pela livre aceitação do homem. Submetido a uma prova (simbolicamente expressa pela proibição de comer de uma fruta), o homem disse Não ao dom de Deus. Conseqüentemente perdeu os dons originais e os seus descendentes nascem privados de tais dons, sentindo em si as conseqüências do pecado (a desordem das paixões, o sofrimento e a morte como arranco doloroso).— Eis os textos do Catecismo:
"O homem não somente foi criado bom, mas foi constituído em amizade com o seu Criador e harmonia consigo mesmo e com as criaturas que o cercavam..." (§ 374).
"A Igreja, interpretando de modo autêntico o simbolismo da linguagem bíblica à luz do Novo Testamento e da Tradição, ensina que nossos primeiros pais Adão e Eva foram constituídos num estado de santidade e justiça original. Esta graça da santidade original era uma 'participação da vida divina' " (§ 375).
"Pela irradiação dessa graça, todas as dimensões da vida do homem foram reconfortadas. Enquanto permanecia na intimidade com Deus, o homem não devia morrer (cf. Gn 2,17; 3,19) nem sofrer (cf. Gn 3,16). A harmonia íntima da pessoa humana, a harmonia entre o homem e a mulher (cf. Gn 2,25), enfim a harmonia entre o primeiro casal e todas as criaturas constituíam o estado chamado 'justiça original' " (§ 376).
"O domínio do mundo que Deus concedera ao homem desde o início, realizava-se, antes do mais, no homem mesmo como autodomínio. O homem era íntegro e ordenado em todo o seu ser, porque livre da tríplice concupiscência (cf. Jo 2,16) que o sujeita aos prazeres dos sentidos, à cobiça dos bens terrestres e à autoafirmação contrária aos imperativos da razão" (§ 377).
"O sinal da familiaridade com Deus é que Deus o colocou no jardim (cf. Gn 2,8). Lá vivia o homem para cultivar o solo e guardá-lo (cf. Gn 2,15); o trabalho não é uma pena (cf. Gn 3,17-19), mas a colaboração do homem e da mulher com Deus para o aperfeiçoamento das criaturas visíveis" (§ 378).
"Toda essa harmonia da justiça original, prevista para o homem segundo o desígnio de Deus, foi perdida pelo pecado de nossos primeiros pais" (§ 379).
O texto acentua a realidade do pecado original, que vem a ser uma verdade essencial da fé:
"A doutrina do pecado original vem a ser, por assim dizer, o 'reverso' da Boa-Nova de que Jesus é o Salvador de todos os homens; todos têm necessidade de salvação, salvação que é oferecida a todos graças a Cristo. A Igreja, que tem o senso de Cristo (cf. 1ICor 2, 16), bem sabe que não se pode tocar na revelação do pecado original sem afetar o mistério de Cristo" (§ 389).
"O relato da queda (Gn 3) utiliza uma linguagem figurada, mas afirma um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no inicio da historia do homem (cf. Constituição Gaudium et Spes 13 § 1). A Revelação nos dá a certeza, de fé, de que toda a historia humana é marcada pela culpa original livremente cometida por nossos primeiros pais" (§ 390).
Em suma, o tema "pecado original" não é da alçada da razão filosófica nem da arqueologia, mas pertence estritamente ao âmbito da fé. Por conseguinte, só pode ser elucidado a partir das fontes da fé, que o Catecismo transmite autenticamente ao Povo de Deus.


O Conteúdo do Catecismo





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Dom Estêvão Bettencourt

O texto oficial, que é o francês, estende-se por 650 páginas, com 2863 parágrafos, 3.000 citações da Bíblia, dos Padres da Igreja e dos Concílios (1.000 referências ao Concílio do Vaticano II) e 68 citações de dizeres de Santos e Santas (S. Francisco de Assis, S. João Maria Vianney, S. Teresinha de Lisieux, S. Rosa de Lima...).
A obra compreende quatro Partes:
1) A Profissão de Fé (o Credo): 39% do livro;
2) A Celebração da Fé (Sacramentos e Liturgia): 23% do livro;
3) A Vivência da Fé (Moral): 27% do livro;
4) A Fé feita Oração (Oração em geral e Pai-Nosso): 11% do livro.
Estas quatro Partes correspondem aos passos dados na antigüidade para instruir os catecúmenos: havia a Traditio Symboli (a entrega do Símbolo de Fé ou do Credo), a Catequese do Decálogo (Moral, a transmissão do Pai-Nosso) e a mistagogia (iniciação) nos Sacramentos. Tais eram as etapas da Iniciação Crista nos séculos IV/V.
A ordem dessas quatro Partes tem seu significado ou mensagem: após o Credo vem não a Moral, mas os Sacramentos, pois a Ética cristã não é senão uma expressão da fé professada e da graça recebida nos sacramentos; é uma Moralidade sacramental.
Essas quatro Partes se dispõem em dois pares: Fé + Sacramentos (o que Deus fez por nós) e Moral + Oração (o que devemos fazer em resposta — viver e orar). Como dito, aproximadamente 2/3 do Catecismo ou 62% correspondem a Fé e Sacramentos, e 1/3 aproximadamente (38%) correspondem à resposta do homem. Há, pois, uma tônica sobre a obra de Deus; ao Senhor compete o começar e o levar a termo a obra da nossa salvação; afirma-se assim o primado da graça, em antítese a qualquer posição pelagiana.
A linguagem dessa obra é muito significativa e de fácil compreensão. Argumenta solidamente sem cair na erudição reservada a poucos. O povo de Deus pode regozijar-se profundamente por dispor atualmente deste Compêndio de Fé, referencial precioso para dirimir dúvidas. Quem deseja ir diretamente a determinado assunto, tem dois grandes índices finais: um de citações (da S. Escritura, dos Símbolos de Fé, dos Concílios Ecumênicos, dos Concílios e Sínodos regionais, dos documentos pontifícios, dos documentos da Igreja, do Direito Canônico, da Liturgia, dos escritores eclesiásticos); o outro índice é o de temas. Os dois perfazem um total de cem páginas na edição francesa.
Cada artigo da obra, compreendendo uma dezena de páginas aproximadamente, tem no seu final um resumo dos principais pontos explanados.
O Catecismo nada traz de novo (nem o podia trazer) em matéria essencial de fé e de Moral, mas expõe as clássicas verdades e normas, aplicando-as às realidades de hoje.
Nas páginas subseqüentes poremos em relevo a posição assumida pelo Catecismo, fiel às fontes da fé, frente a questionamentos que perturbam os fiéis. Infelizmente a imprensa deturpou o conteúdo desse Compêndio, fixando-se unicamente sobre aspectos de Moral para ridicularizá-los.